A pessoa que se coloca em adoração está
reconhecendo Jesus como único Senhor e Salvador
Conforme o Catecismo
da Igreja Católica, nº 2096, “a adoração de Deus é o primeiro ato da virtude da
religião”. Adorar a Deus é reconhecê-Lo como Deus, como Criador e Salvador,
Senhor e dono de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. “Adorarás
o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto” (Lc 4,8), diz Jesus,
citando o Deuteronômio (Dt 6,13).
E também “a adoração
é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador.
Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos
liberta do mal. É prosternação do Espírito diante do ‘Rei da glória’ e o
silêncio respeitoso diante do Deus ‘sempre maior’. A adoração do Deus três
vezes santo e sumamente amável nos enche de humildade e dá garantia a nossas
súplicas” (CIC,
no 2628).
A pessoa que se
coloca em adoração está reconhecendo Jesus como único Senhor e Salvador. É uma
atitude de humildade daquele
que se prostra e se entrega a Ele, é ter a mesma atitude e palavras dos reis
magos que vão ao encontro do Salvador: “Onde está o Rei (…). Viemos adorá-lo”
(Mt 2,2). E, ao encontrarem o Menino Deus na manjedoura, prostram-se diante
d’Ele e oferecem seus presentes.
Cada pessoa, em
diversas situações e condições, pode se colocar de formas diferentes diante de
Jesus Eucarístico: em alguns momentos, nossa atitude é de adoração e
contemplação; em outros de súplica ou pedidos para a própria pessoa ou por
outras; ou ainda em agradecimento por uma graça alcançada; pedido de perdão;
ou momentos de repouso e descanso no Senhor. Deus quer que cada um se apresente
diante d’Ele de forma honesta e sincera como se encontra para adorá-Lo:
“Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos céus”!
(Mt 21,9).
O Papa João Paulo II, na
Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, escreve: “A
Eucaristia é um tesouro inestimável: não só a sua celebração, mas também o
permanecer diante dela fora da Missa permite-nos beber na própria fonte da
graça. Uma comunidade cristã, que queira contemplar melhor o rosto de Cristo,
(…) não pode deixar de desenvolver também esse aspecto do culto eucarístico, no
qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do
Senhor”.1
Já em sua carta
apostólica Mane Nobiscum Domine, São João Paulo II nos apresenta o dom
da Eucaristia como
um grande mistério. Mistério a ser celebrado de maneira digna, que deve ser
adorado e contemplado. O que entendemos por adoração a Jesus na Eucaristia? A
adoração ao Santíssimo Sacramento é estar unido à Santíssima Eucaristia numa
atitude de respeito e comunhão com o Senhor.
Estamos conscientes,
sabemos que a Eucaristia é o sacrifício pascal de nosso Senhor e que na Missa
se atualiza o mistério da vida, morte e ressurreição de Jesus. Na celebração
eucarística, o corpo de Cristo se faz alimento. A Missa é um grande banquete no
qual o próprio Deus se faz refeição. Deste mistério surge a necessidade de
celebrarmos com respeito, amor e dignidade cada Santa Missa,
colocando-nos em atitude de verdadeira comunhão com o mistério de nossa
salvação.